"Ela chamou seu nome, meu pai disse..." Mason sorriu ao ver o fogo acender nos olhos frios de Cano. "Ela continuou chamando seu nome quando meu pai abriu a barriga dela e tirou seu bebê de dentro." Ele gargalhou como um louco. "Infelizmente, eu não estava lá quando isso aconteceu porque era muito jovem para testemunhar uma cena tão violenta."
Era tão engraçado Mason dizer isso quando ele matou alguém pela primeira vez aos dez anos. A violência corria em seu sangue.
"Ah, você sabia? Você tem um menino, já que sua companheira estava bastante grávida naquele momento, o bebê já estava formado na barriga." O rosto iluminado dele se apagou quando falou novamente. "Infelizmente, o bebê não sobreviveu, e meu pai o jogou fora."
Isso era uma coisa que ninguém jamais falava. Seu povo nunca teria coragem de mencionar algo a respeito, a tal ponto que fingiam que um momento tão doloroso nunca tinha acontecido. Eles não se esqueceriam disso, mas enterraram as lembranças no fundo de seus corações.
Cano fechou os olhos e, quando os abriu novamente, voltou a ser seu eu insensível antes de caminhar em direção a Mason e essa calma o deixou furioso.
Antes disso, nos primeiros cinco anos de sua escravidão, a simples menção de sua companheira seria capaz de desencadear Cano e fazê-lo causar estrago. Era tão divertido ver como ele lutava contra seis a quinze pessoas antes de ser subjugado.
Mas agora, Cano nem mesmo estava perto de causar destruição. Ele estava tão calmo que era aterrorizante.
Ele parou bem em frente a Mason, encarou diretamente seus olhos e falou friamente. "Ela já está morta. Não importa o que você diga, ela já morreu." Os cantos dos lábios se curvaram para cima em um sorriso zombeteiro. "É só isso que você tem? Essa é a única coisa que você consegue fazer? Uma tentativa desajeitada de me machucar com a história que ouvi por anos? Não há nada de novo?"
Mason e seu pai usavam o mesmo método para pressionar o botão selvagem em Cano quando queriam algum entretenimento, mas parece que, como disse um homem sábio, deixe doer até não machucar mais.
"Agora você não se importa mais com a morte de sua companheira e seu filho, hein?"
"Faz alguma diferença eu me importar ou não?" Cano estalou os dedos e um guarda veio até ele, pronto para receber sua ordem. "Vou te mostrar um novo método de tortura." Ele então olhou para o guarda. "Traga-os."
Os guardas saíram rapidamente da cela e com seus companheiros de equipe, foram buscar o que alfa queria.
"O quê? Quem são eles? Quem você quer trazer para cá?!" Mason lançou um olhar de raiva na porta da cela. "Você quer que selvagens me estuprem, como eu fiz com você?!" Mason gargalhou como um louco. Ele amaldiçoou, jurou e continuou falando sobre Leane, como se a conhecesse, como se já tivesse se encontrado com ela antes.
No entanto, apesar de tudo isso, Cano continuou o mesmo. Ele apenas ficou ali em silêncio, observando esse homem louco derramar lixo de sua boca.
Levou dois minutos para os guardas retornarem, mas voltaram com nove caixas em suas mãos e as alinharam na frente de Mason enquanto o alfa se acomodava em uma cadeira de madeira.
"Estes são presentes para você", disse Cano calmamente, enquanto um guarda abria a primeira caixa e retirava a coisa de dentro dela, exibindo-a completamente para Mason ver.
No momento em que seus olhos se fixaram na primeira coisa, ele soltou um grito aterrorizante que ecoou por toda a cela.
"Ex-beta do bando de seu pai, Collin McKenzie", Cano apresentou a primeira cabeça. "Ele está um pouco bagunçado agora, mas tenho certeza que você o reconhecerá."
Este homem havia forçado Cano a fazer sexo com uma jovem da alcateia Lobo Uivante, seu próprio povo. A menina tinha cerca de dezesseis anos, enquanto ele tinha vinte e oito.
Cano foi forçado a fazer isso com ela por uma noite inteira e causou grande trauma na menina. Era altamente improvável que ela se recuperasse disso.
"SEU FILHO DA PUTA! VÁ SE FERRAR! VOU TE MATAR! VOU TE MATAR!" Mason se debatia contra as correntes que prendiam suas pernas e braços, ele estava apoiado em uma posição de X, pendurado apenas pelas correntes que o mantinham em pé.
Para Mason, Beta Collin era alguém que lhe ensinou muitas coisas, ele era como um tio para ele e ambos eram muito próximos.
"Acalme-se, vou apresentá-lo à segunda cabeça", disse Cano casualmente, enquanto tirava outra cabeça da segunda caixa e a apresentava. Ele fez o mesmo com todas as nove delas.
No entanto, esses gritos de dor, agonia e raiva de Mason não o satisfizeram.
Havia algo errado com Cano, havia definitivamente algo quebrado, já que ele não conseguia sentir nenhuma satisfação.
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Iris acordou do sono quando sentiu os olhos de alguém sobre ela. O olhar era tão intenso que ela acordou sobressaltada e sentou-se imediatamente, apenas para descobrir que era Cano, que estava sentado do outro lado dela, olhando para ela com os olhos escuros.
Ela não tinha certeza do que ele estava pensando, mas ele parecia ainda mais assustador do que da última vez que se encontraram.
"Vá até a mesa e vire-se", ordenou Cano. Não havia calor algum em sua voz, no momento em que viu Iris acordada, ele nem mesmo deu a ela tempo para se registrar o que estava acontecendo e o perigo iminente que a espreitava. "Agora."
Iris se levantou apressada. Ela estava com muito medo. Hanna disse que seria menos doloroso se ela seguisse obedientemente o que Cano dizia e não o irritasse.