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Kibo no Ronin

🇧🇷GSM_MAGO
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Synopsis
um ronim nos tempos atuais que não suporta a tirania do atual shogum do Japão, onde a cada capítulo ele acha mais aliados para acabar com a tirania.
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Chapter 1 - 1.O inicio

Nas ruas sufocantes do Japão contemporâneo, onde arranha-céus reluzentes contrastam com a miséria escondida nas sombras, a ordem é distorcida: o certo vira errado, e o errado é lei. Um shogun moderno reina com tirania, sua monarquia disfarçada de progresso tecnológico esmagando os fracos sob botas de aço. O crime prospera na escuridão das vielas, enquanto drones de vigilância zumbem como batentes sobre a cidade. Em meio a esse caos, caminha um homem de 29 anos, frio como o vento de inverno, sério como a lâmina que carrega. Seu nome é Korō, o ronin Justiceiro, mas poucos sabem que ele é Takeshi — uma alma que arde por justiça, sedentária por uma paz que parece um sonho distante.

Certa noite, em seu esconderijo nos esgotos de Tóquio — um labirinto de tubos enferrujados e ecos úmidos —, Takeshi reflete sobre o peso de sua cruzada. A luz fraca de um lampião a bateria tremeluz, projetando sombras longas nas paredes cobertas de musgo. Ele está sentado, o casaco surrado jogado sobre os ombros, os olhos fixos no vazio. Em uma conversa quase poética, ele murmura para si mesmo:

— "O tempo é um rio que corre contra mim. A cada dia, minhas forças sangram para o concreto, mas desistir seria apagar as estrelas dessas almas perdidas. Quem as guiará, senão eu?"

Uma pontada de dor atravessa sua cabeça, um eco do passado. Há oito meses, no confronto com o shogun, ele perdeu o braço esquerdo — agora substituído por uma prótese de metal, fria ao toque, que varia como um lamento mecânico. Ele fecha os olhos, o rosto impassível, e respira fundo. "O sono é o único refúgio que me resta", pensa, antes de se deitar no colchão puído, sob o som distante do trânsito da cidade.

Na manhã seguinte, Takeshi acorda com o mesmo ritual gélido. Levanta-se, veste o casaco cinza e caminha pelas ruas de Tóquio. Seus olhos escuros observam tudo: os mendigos encolhidos sob o ar livre, os cobradores de dívidas ameaçando lojistas, os soldados do shogun — armados com rifles e arrogância — espalhando destruição em nome da "ordem". Ele não fala, apenas uma, um espectro silencioso entre a multidão.

Quando a noite cai, o ronin desperta de verdade. Sob o céu tingido de neon, ele veste seu manto escuro — um capuz que oculta seu rosto, uma armadura de sombras. É à noite que os lacaios do shogun emergem, negociando drogas e vidas em becos imundos, enquanto o sangue dos inocentes mancha o asfalto. Takeshi se move como um predador, deslizando entre as sombras de um beco estreito, ou som de seus passos abafado pelo ronco dos motores distantes.

O primeiro alvo aparece: um negociador corpulento, carregando uma maleta com documentos — a troca de uma vítima por narcóticos. Takeshi o observa de um canto escuro, os dedos frios envolvidos no cabo de uma adaga escondida na bota. Com um movimento preciso, ele avança. A lâmina o ar como uma sugestão, encontrando o pescoço do homem. O sangue jorra em silêncio, e o corpo tomba sem um gemido.

— "A noite julga aqueles que o dia esqueceram", murmura Takeshi, limpando a adaga na manga do casaco, os olhos fixos no horizonte de luzes artificiais.

A segunda e a terceira vítima eram capangas do shogun, enviados para capturar uma refém chamada Yoru, uma jovem de 25 anos que conhecia segredos comprometedores sobre o governante e suas máfias. Ela sabia de crimes que o shogun escondia: extorsões, assassinatos e acordos sujos com criminosos. De repente, um ronin surgiu silenciosamente atrás dos dois inimigos. Eles, pegos de surpresa, reagiram iniciando um combate. Os lacaios sacaram facas e shurikens, atacando o ronin com golpes rápidos. Uma das armas acertou de leve sua perna esquerda, mas ele se recuperou quase imediatamente, ignorando a dor com uma determinação fria.

Em três ações rápidas, o ronin neutralizou os adversários. Primeiro, deu um chute forte no joelho do inimigo à direita, que caiu com um grito, a perna dobrada em um ângulo errado. Depois, jogou um pó sonífero venenoso contra o lacaio à esquerda, que desmaiou em segundos, o veneno invadindo seus pulmões e o deixando à beira da morte. Por fim, pegou uma corda longa, amarrou os pescoços dos dois e puxou com força, quebrando-os com um som seco e final.

Com os capangas mortos, o ronin libertou Yoru e começou a conversar com ela. "Você sabe coisas sobre o shogun que ele não quer que ninguém descubra," disse ele, a voz firme e direta. "Quais são os podres dele? Como ele consegue tanto dinheiro?" Yoru respondeu com detalhes sombrios: o shogun extorquia vilarejos, traficava armas e mandava matar quem se opusesse a ele. Takeshi, como o ronin se apresentou, ouviu atentamente, absorvendo cada palavra. Depois, perguntou: "Você tem um lar? Uma família?" Ela balançou a cabeça. "Não. Os soldados do shogun mataram meus pais e irmãos. Não sobrou nada." Takeshi ficou em silêncio por um momento, processando a resposta. "Então estamos sozinhos nisso," disse ele, quase como um reconhecimento mútuo de suas perdas, enquanto decidiam o próximo passo contra o inimigo comum.